Bioluminescência de fungos

 Os estudos sobre a emissão de luz por organismos vivos, bioluminescência, tem sido abordados desde o século XIX. O presente estudo aborda a bioluminescência fúngica, considerando o fato de algumas espécies de fungos continuam incompreendidas, discutindo a distribuição de fungos bioluminescentes na Terra. Entre as indeterminações destacam-se o emissor de duas enzimas envolvidas e o mecanismo de reação, que ainda não foram esclarecidos.

 Além disso, o estudo ressalta o mecanismo responsável pela emissão de luz e apresenta resultados preliminares sobre a evolução e o papel ecológico da bioluminescência fúngica. As primeiras tentativas para esclarecer o mecanismo químico de emissão de luz em fungos foram baseadas no procedimento de Dubois, onde a dependência de oxigênio molecular para a emissão já era conhecida. 

 Diante das contribuições consideradas podemos citar: Harvey, que alguns anos mais tarde aplicou o procedimento de Dubois; Airth e McElroy que finalmente realizaram experimentos bem-sucedidos com o extrato frio e o extrato quente; Airth,  Foerster e alguns autores afirmaram ter sido capazes de isolar e caracterizar a estrutura química da luciferina de fungos; Nakamura e colaboradores isolaram um sesquiterpeno do cogumelo Panellus stipticus,  formularam uma nova proposta não enzimática para a bioluminescência fúngica.
Figura 01: Distribuição das 71 espécies de fungos bioluminescentes existentes no Brasil e no mundo até 2012.
 Sobre as enzimas (redutase e luciferase) envolvidas na reação de emissão de luz de fungos, são consideradas execuções de purificação durante a década de 1960, porém obtendo resultados insatisfatórios. Apenas na década de 1970 com bactérias bioluminescentes, cujo mecanismo de emissão de luz é semelhante ao dos fungos, a purificação das enzimas envolvidas no processo de emissão de luz foi realizada com sucesso. Surgindo assim um excelente ponto de partida para o isolamento das enzimas em fungos (OLIVEIRA et al.,2013).
  Abordando distribuição das espécies, o estudo afirma que existem setenta e um espécies conhecidas de fungos bioluminescentes, divididas em quatro linhagens, Armillaria, Omphalotus, Micenoide e Lucentipes, onde 52 são Micenoides, 4 Armillaria, 13 Omphalotus e 2 Lucentipes. Onde do total descrito existem doze espécies que podem ser encontradas no Brasil. Em seguida destaca-se o papel ecológico, onde é necessário lembrar que a compreensão da bioluminescência de fungos não seria completa sem avaliar a significância ecológica dela para o organismo.
Figura 02: Fungos bioluminescentes.
  Portanto, espera-se que com a purificação de seus componentes, o sistema de bioluminescência em fungos proporcione novas possiblidade de estudos acadêmicos e aplicados, podendo contribuir como um novo e importante modelo de estudos enzimáticos e de transporte e regulação na membrana celular.  

Referências:
OLIVEIRA, A.G. et al. Bioluminescência de fungos: distribuição, função e mecanismo de emissão de luz. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422013000200018&script=sci_arttext&tlng=es> Acesso em: 15. out. 2017

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